quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

SPED, a hora da verdade



No dia 13 de dezembro a Mastersaf realizou o evento SPED, A Hora da Verdade, em São Paulo.

Nessa ocasião, Cláudio Coli, diretor da empresa, realizou uma retrospectiva pragmática do projeto e suas conseqüências para a gestão das empresas brasileiras. Foram apresentados também os casos de sucesso da Usiminas, por Emmanuel Franco Júnior, e da Sadia, por Joacir Padilha.

O projeto SPED, na visão dos palestrantes, está se consolidando graças à atuação histórica das autoridades fiscais no que diz respeito ao relacionamento com o setor privado. O clima de parceria é marcante nas reuniões do grupo de trabalho do SPED, de forma que as empresas participantes dos projetos-piloto estão conseguindo modernizar suas estruturas de controladoria e ao mesmo tempo atendendo às demandas do fisco eletrônico. Ou seja, empresas e autoridades estão trabalhando baseadas em uma relação “ganha-ganha”, até então inédita em nosso país. Bom para empresas, bom para o fisco, bom para o Brasil.




Um ponto bastante relevante, que demonstra a seriedade do trabalho, é que ele vem sendo implantado em camadas. A fase inicial prevê o envio de informações contábeis e fiscais. Em um segundo momento, as empresas deverão transmitir informações sobre folha de pagamento, contas a pagar e receber, registros de lucro real, entre outras.


Também é importante que as empresas percebam que a mudança não é só tecnológica. O SPED demanda dados precisos e completos sobre cadastros e a operações da empresa. O processos de negócio certamente sofrerão alterações e as pessoas deverão trabalhar com mais comprometimento e conhecimento. Um pequeno exemplo disso se refere aos dados de endereços de clientes que são transmitidos. Para o SPED, há dois campos: endereço e número. Muitas empresas utilizam sistemas cujo endereço é formado por apenas um campo. Pior, há cadastros múltiplos para a mesma pessoa, documentos inválidos, como CPF e muitas outras coisas que precisam ser adequadas para validação dos arquivos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Muito com muito


O que é preciso para fazer uma boa festa? Construir uma boa casa? Realizar uma viagem inesquecível? Alguns acham que com muito dinheiro tudo se resolve. O fato é que esbanjar não garante a criatividade, a alegria, a comemoração da festa. O aconchego, o conforto e a sensação de identidade com uma casa. Muito menos os momentos inesquecíveis de uma boa viagem.

Gastar muito também não garante o sucesso em vendas, a qualidade de um produto, o preparo e a dedicação dos funcionários, satisfação de clientes, nem a sustentabilidade de um negócio. A maior parte das empresas privadas já sabe disso. Elas buscam produtividade, na prática, fazer muito com pouco. Procuram trabalhar melhor e não somente trabalhar mais.

Comemoro o fim da CPMF como um marco na história de nosso país. Esse fato traduz o grito do Brasil eficiente que expressa sua imensa vontade de ter um Estado com “E” maiúsculo. Eficiente, sério, comprometido com o futuro.

Registro meu agradecimento aos senadores do DEM, do PSDB e aos “dissidentes” da base governista.

Registro também minha decepção com vários governadores, em especial o de meu estado, Aécio Neves. Esses senhores pressionaram os senadores de seus partidos para manutenção da cultura da ineficiência.

Por fim, gostaria de dizer ao senhor presidente da república que não sou sonegador. Defendi e comemoro o fim da CPMF por acreditar que sempre é possível gerir melhor a riqueza de um país, de uma empresa ou de um individuo. É possível realizar sonhos sem ser perdulário. Basta ser eficiente.