sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Muito com muito


O que é preciso para fazer uma boa festa? Construir uma boa casa? Realizar uma viagem inesquecível? Alguns acham que com muito dinheiro tudo se resolve. O fato é que esbanjar não garante a criatividade, a alegria, a comemoração da festa. O aconchego, o conforto e a sensação de identidade com uma casa. Muito menos os momentos inesquecíveis de uma boa viagem.

Gastar muito também não garante o sucesso em vendas, a qualidade de um produto, o preparo e a dedicação dos funcionários, satisfação de clientes, nem a sustentabilidade de um negócio. A maior parte das empresas privadas já sabe disso. Elas buscam produtividade, na prática, fazer muito com pouco. Procuram trabalhar melhor e não somente trabalhar mais.

Comemoro o fim da CPMF como um marco na história de nosso país. Esse fato traduz o grito do Brasil eficiente que expressa sua imensa vontade de ter um Estado com “E” maiúsculo. Eficiente, sério, comprometido com o futuro.

Registro meu agradecimento aos senadores do DEM, do PSDB e aos “dissidentes” da base governista.

Registro também minha decepção com vários governadores, em especial o de meu estado, Aécio Neves. Esses senhores pressionaram os senadores de seus partidos para manutenção da cultura da ineficiência.

Por fim, gostaria de dizer ao senhor presidente da república que não sou sonegador. Defendi e comemoro o fim da CPMF por acreditar que sempre é possível gerir melhor a riqueza de um país, de uma empresa ou de um individuo. É possível realizar sonhos sem ser perdulário. Basta ser eficiente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ninguém gosta de pagar imposto mas é necessário. No entanto, a discussão sobre a CPMF veio num momento que os brasileiros estão discordando em pagar MAIS impostos devido a série de escandalos de corrupção e a falha do Governo em não mostrar sinais que está disposto a reduzir gastos públicos.

Regilano Oliveira disse...

Depois de comemorações tanto suas quanto minhas com a queda da CPMF, temos essa verdadeira falta de escrúpulos do Governo Federal que de maneira sorrateira, mas comum no Brasil, onera-nos com as mudanças no IOF e na CSLL.
De uma maneira ou de outra, mesmo aqueles que acham que não são atingidos diretamente por estas medidas o são, quando todos estes custos são repassados aos produtos e serviços por eles utilizados e consumidos.
O que falta no atual governo é vontade de acabar com a farra com o erário, além de também não querer promover uma verdadeira e necessária reforma tributária, onde possamos beneficiar e incentivar a classe produtora do país. Não deixando que o Brasilse desenvolva de forma séria e segura, sem ter que tenhamos que continuar convivendo com tantos sustos dados pelas atropelos de alguns setores na economia mundial, como foi o caso do mercado imobiliário americado.