SPED, a hora da verdade
No dia 13 de dezembro a Mastersaf realizou o evento SPED, A Hora da Verdade, em São Paulo.
Nessa ocasião, Cláudio Coli, diretor da empresa, realizou uma retrospectiva pragmática do projeto e suas conseqüências para a gestão das empresas brasileiras. Foram apresentados também os casos de sucesso da Usiminas, por Emmanuel Franco Júnior, e da Sadia, por Joacir Padilha.
O projeto SPED, na visão dos palestrantes, está se consolidando graças à atuação histórica das autoridades fiscais no que diz respeito ao relacionamento com o setor privado. O clima de parceria é marcante nas reuniões do grupo de trabalho do SPED, de forma que as empresas participantes dos projetos-piloto estão conseguindo modernizar suas estruturas de controladoria e ao mesmo tempo atendendo às demandas do fisco eletrônico. Ou seja, empresas e autoridades estão trabalhando baseadas em uma relação “ganha-ganha”, até então inédita em nosso país. Bom para empresas, bom para o fisco, bom para o Brasil.
Um ponto bastante relevante, que demonstra a seriedade do trabalho, é que ele vem sendo implantado em camadas. A fase inicial prevê o envio de informações contábeis e fiscais. Em um segundo momento, as empresas deverão transmitir informações sobre folha de pagamento, contas a pagar e receber, registros de lucro real, entre outras.
Também é importante que as empresas percebam que a mudança não é só tecnológica. O SPED demanda dados precisos e completos sobre cadastros e a operações da empresa. O processos de negócio certamente sofrerão alterações e as pessoas deverão trabalhar com mais comprometimento e conhecimento. Um pequeno exemplo disso se refere aos dados de endereços de clientes que são transmitidos. Para o SPED, há dois campos: endereço e número. Muitas empresas utilizam sistemas cujo endereço é formado por apenas um campo. Pior, há cadastros múltiplos para a mesma pessoa, documentos inválidos, como CPF e muitas outras coisas que precisam ser adequadas para validação dos arquivos.
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